quinta-feira, 10 de abril de 2008

Oficinas de reciclados, em Vila Albertina

Unir saúde e educação ambiental por meio de oficinas de materiais recicláveis. Esse é um dos desafios dos ACS da UBS Osvaldo Marçal, na Vila Albertina, onde as duas equipes do PSF estão integradas ao PAVS.

Decididos a pôr em prática o trabalho iniciado no PAVS, em 2007, os ACS criaram o projeto Natureza Viva. A proposta é orientar a comunidade sobre descarte de lixo e aproveitamento de materiais recicláveis como tecidos, óleo de cozinha e garrafas PET.

No dia 9, quarta-feira, foi realizada uma oficina para fabricação de sabão com óleo de cozinha. As próximas oficinas programadas pelo projeto vão incluir criação de tapetes e bolsas com retalhos de tecido e objetos feitos de garrafas PET. Todo o material utilizado nas oficinas é trazido pelos participantes.

Espera-se que a população se aproprie das iniciativas, criando cooperativas e gerando trabalho e renda para suas famílias. O público das oficinas é composto, em sua maioria, por mulheres com mais de 40 anos, todas moradoras da Vila Albertina. “O trabalho com reciclados pode ser revertido em renda para que as oficinas continuem até que possamos ter um parceiro que contribua financeiramente para a continuidade dos trabalhos”, disse o ACS Rogério Florêncio.

No dia 29 de abril haverá um encontro com a comunidade para a apresentação do trabalho que será realizado no espaço do projeto Natureza Viva. A presidente da Associação Amigos da Vila Albertina (AVA), Christina Ielo Bello, conta que a empresa Transcooper cedeu um terreno para a construção da sala que receberá as atividades da AVA e do PAVS. O vice-presidente da Transcooper, Paulo Roberto dos Santos, ressaltou que a iniciativa “vai agregar valores às pessoas da comunidade, que precisam aprender um ofício”.

Reportagem e fotos: Guiné Silva

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Conquistas e desafios

Um balanço positivo e promissor do Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS) foi realizado, sexta-feira, dia 4, em uma reunião entre a coordenação executiva do projeto e as instituições implementadoras parceiras.

O diretor do PAVS, Hélio Neves, e a equipe do projeto receberam Cristina Montenegro, coordenadora do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) no Brasil, e Aldenir Paraguassu, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).

O relatório apresentado pela coordenadora Sandra Magali Barbeiro deu a dimensão do impacto do Projeto na cidade de São Paulo, desde que foi iniciado, em 2007, até o início deste ano: 83 ações de coleta seletiva de lixo; 43 oficinas de educação ambiental; 16 ações de recuperação e limpeza; plantio de mais de 1.700 mudas, entre outras intervenções.

Cristina ressaltou a importância da sustentabilidade do projeto a longo prazo: “Temos que pensar em uma estratégia de saída, de modo a garantir a continuidade do trabalho”. Para Paraguassu, o PAVS representa uma oportunidade da maior importância, na medida em que permite que a comunidade compreenda que a saúde e o meio ambiente são áreas interconectadas, interdependentes, que precisam caminhar juntas.

Reportagem: Áurea Lopes

sexta-feira, 28 de março de 2008

Agentes montam cozinha experimental e organizam atividades para a Terceira Idade



Reaproveitar alimentos, reduzir a quantidade de lixo e tornar a vida da comunidade mais saudável são os objetivos da cozinha experimental dos agentes de saúde da UBS do Jardim São Francisco, na Zona Leste da cidade.

A idéia de reutilizar tudo que seria descartado é resultado da capacitação do PAVS. Após orientação da gestora local, Nailer Rodrigues, 18 agentes da região fizeram um curso no Sesi sobre como aproveitar melhor os ingredientes que muitas vezes são rejeitados. Pensando em dividir o conhecimento, eles decidiram montar uma cozinha experimental para os moradores do bairro.

A iniciativa empolga não apenas os envolvidos na organização do projeto, que ocupa um espaço dentro da Igreja Batista local, mas também todos que acompanham as reuniões mensais As receitas são tiradas do livro do Sesi e o material é adquirido pelos próprios agentes. A cada aula são convidadas para assistir a apresentação cerca de 72 pessoas da comunidade, que aprendem a elaborar bolos, tortas, sucos, entre outras receitas.

“É muito legal, as pessoas vêm aqui e depois, quando vamos até as casas, elas pedem que façamos cópias de outras receitas, diz a agente comunitária Ana Maria Francisco Souza”.

Outra que também se orgulha do trabalho é a agente de saúde Cleonice Oliveira S.Bessa. “Nós montamos o grupo para passar aos outros o que aprendemos. Não adianta eu saber e guardar só para mim”, finaliza.


Espaço para idosos


Ainda em decorrência dos conhecimentos adquiridos no PAVS, os agentes detectaram um grande número de idosos na região do Jardim São Francisco.

Como o bairro não oferecia opções de lazer, cultura e entretenimento para essa população, eles decidiram montar um espaço dedicado à Terceira Idade. Atualmente, cerca de 33 idosos participam de jogos, aulas de dança, além de palestras educativas sobre como viver melhor.

Os agentes articularam desde a escolha do local até a formação do grupo, passando pela reforma da sede. As atividades, quando exigem investimento, são custeadas pela venda de produtos nos bazares. Outra fonte de renda são os bingos realizados na sede.

Agentes da UBS Jardim São Francisco

Nossa São Paulo e PAVS melhorando o desenvolvimento humano

Compartilhar idéias e juntar forças são iniciativas que potencializam um projeto social. Foi exatamente isso que aconteceu, segunda-feira, dia 24, durante a Mesa de Diálogo que compõe o programa de formação do Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS) para 2008.

O Nossa São Paulo participou do encontro com os gestores locais do projeto, com o objetivo de contar quais são suas áreas de atuação e de que modo os estudos realizados pelo movimento podem contribuir para as ações de intervenção locais do PAVS.

Ponte para chegar até a comunidade

Oded Grajew, idealizador do Nossa São Paulo, considerou essencial a contribuição do PAVS para que a cidade atinja melhores índices de desenvolvimento: “Queremos disseminar as informações junto às comunidades, recolher propostas e soluções. O PAVS faz uma ponte entre o movimento e a população, pois trabalha diretamente com os agentes”.

Para César Pegoraro, do GT de Meio Ambiente, e integrante do Instituto Sócio Ambiental (ISA), “é importante deixar de olhar o poder público como controlador e passar a ver as instituições governamentais como parceiras”. No caso do PAVS, disse Pegoraro, é necessário mobilizar os agentes e pensar em soluções para mudar o cenário local.

domingo, 23 de março de 2008

A forma como agimos anuncia o mundo que queremos

Na segunda-feira, dia 17, as equipes do PAVS se depararam com desafios e problemas, temas expostos pelo grupo da Planejação. Problema não é só “falta” e desafio é a visão de onde se quer chegar.

Os sentidos das palavras ganharam novas significações. Com base em uma árvore situacional que os gestores construíram no encontro anterior, foi possível revisar cada passo, observar formulações feitas.

Da Cidade Tiradentes, por exemplo, veio a questão do alto índice de desemprego entre as mulheres. É um meio de entender meio ambiente como uma questão ampla e, nesse caso, cabe outra reflexão em relação ao momento da elaboração de projetos: que valores e elementos da cidadania embutimos no nosso trabalho para ajudar na resolução de questões sociais, até aonde conseguiremos chegar?

“É a forma como eu quero atuar no mundo, na sociedade, que determina se incluo ou não conceitos como esses”, diz o consultor Sérgio. “Ainda que chegássemos numa região em que todos estão empregados , mas que ignoram seus direitos , poderíamos, ainda, incluir conceitos de cidadania permeando a ação a ser proposta”, complementa

Os grupos se alternaram na apresentação de idéias, dúvidas e questionamentos sobre o que se pretende fazer nesta fase do PAVS. E todos saíram com pensamentos novos, soluções a serem aplicadas de acordo com cada realidade e possibilidades.